sai da sombra



sai da sombra
vens querida?
a chuva
não seria o que 

te faria lasciva, mas
não nos importamos,
querida, será que devemos
preocupar-nos com a chuva 

querida?
tsabes
estou

arrependido de confidenciar demais 
com as pobres raparigas 
com que falo sabe
deus quando cada 

dia das suas
vidas
não és tu,
                       óó-ó.     querida
não tão
forte querida 

estás a matar-me




PORTRAITS, XXVIII, Tulips & Chimneys (1922 Manuscript), TULIPS 
E. E. Cummings Complete Poems 1904 -1962
Edição de George J. Firmage, 1991.
Versão Portuguesa © Luísa Vinuesa