de evidentes invisíveis



de evidentes invisíveis 
requinte o esvoaçar 

em portões escuros 

de doídos olhos de menina


admirado com o prodígio 

uma atitude um ferimento
uma bela ocultação 

a boca exacta do rapaz


cai agora a cabeça do fauno 

sonha a flor íntima agora

de lábios entreabertos
escurece sobre a siringe




PORTRAITS, VII, Tulips & Chimneys (1922 Manuscript), TULIPS 
E. E. Cummings Complete Poems 1904 -1962
Edição de George J. Firmage, 1991.
Versão Portuguesa © Luísa Vinuesa